Óleo de Palma híbrida X Óleo de Palma Africana: Caracterização inicial e monitoramento da estabilidade oxidativa a 65 °C
Luana Oeby de Oliveira1, Rafael Carvalho Sales2, Patrícia Coelho de Velasco2, Maria das Graças Tavares do Carmo2, Vanessa Naciuk Castelo-Branco1
1PPG-CAPS, Faculdade de Farmácia, UFF, Niterói, RJ, Brasil
2Instituto de Nutrição Josué de Castro , UFRJ, Rio de Janeiro, RJ, Brasil
*Autor Correspondente: Luana Oeby de Oliveira (luana.oeby@gmail.com)
O óleo de palma híbrida possui maior teor de ácido oleico (18:1n-9) do que o óleo de palma africana, apresentando benefícios para a saúde. No entanto, pouco se sabe sobre sua estabilidade oxidativa. O objetivo desse trabalho foi caracterizar o óleo de palma híbrida (OPH) e o óleo de palma africana (OPA) e investigar a estabilidade oxidativa de ambos os óleos em oxidação acelerada a 65 °C por 7 dias em estufa. Alíquotas de 50 mL foram removidas nos dias 1, 3, 5 e 7. Foram realizados índice de acidez (IA), índice de peróxido (IP) e índice de p-anisidina (IpA). Inicialmente, não houve diferença significativa entre o OPA e o OPH para o IA (em média 0,77 ± 0,15 mg KOH/g de óleo). Durante a oxidação, o IA aumentou 70% no OPA entre 0-7 dias, enquanto, no OPH, permaneceu constante. Quanto ao IP, inicialmente, o OPA apresentou valor médio 24% maior (4,08 ± 0,54 meqO2/Kg) do que OPH (3,29 ±0,01 meqO2/Kg). Ao longo da oxidação, o IP do OPA aumentou 25% entre os dias 5 e 7, enquanto permaneceu constante no OPH. Já para o IpA, inicialmente, o OPA apresentou, em média, valor 162% maior do que OPH. Durante a oxidação, o IpA aumentou 35% no OPA até o 1º dia, permanecendo constante até o ponto final da oxidação. No OPH, o IpA apresentou um aumento gradual, atingindo valor 191% maior (Δ = 1,59) no ponto final. De acordo com os resultados encontrados, o óleo de palma híbrida mostrou ser mais estável do que o óleo de palma africana em oxidação a 65 °C.
Palavras-chave: Estabilidade oxidativa. Óleo vegetal comestível. Análise de alimentos.